domingo, 27 de março de 2016

TEMPOS DRAMÁTICOS

Nunca vi o Brasil assim. Nunca. Completamente dividido e, pior, grande parte dessa divisão é composta por fanáticos, gente fanática mesmo, como se pertencessem a uma seita. Não se discutem ideias para o país. O que se discute, atualmente, é o poder. É aquilo que esse indivíduo chamado Lula inventou: o "nós" e o "eles". Para esse indivíduos, o "eles" não são brasileiros, são inimigos que precisam ser combatidos a qualquer custo, quem sabe até eliminados. Vejo uma situação dramática.  Um tempo dramático no Brasil. Brasileiros contra brasileiros. Já existe uma guerra civil não declarada. E agora, por ordem desse indivíduo doente, tem-se que colocar a culpa de tudo no juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, que já pertence à sociedade. Moro está fazendo somente a sua obrigação. Mas agora a ordem é colocar nas costas dele a culpa até pela crise econômica, quando todo mundo sabe que a crise econômica é resultado da corrupção e da roubalheira. Nunca vi uma crise assim tão profunda e perigosa. Mais de 300 políticos de quase todos os partidos envolvidos na ladroagem. Essa gente tem de pagar pelo que fez, embora neste país tudo passe em brancas nuvens. Tudo fica por isso mesmo. Mas desta vez os ladrões encontram o juiz Sérgio Moro pela frente. Enquanto não destruírem o juiz que cumpre o seu dever, os ladrões estarão aflitos. Desta vez a crise interferiu até mesmo na amizade entre as pessoas. Alguns amigos não se conformam com meu comportamento. Um deles deixou de falar comigo. Eu lamento muito, meu amigo, mas me dê, pelo menos, a liberdade e licença de não aceitar ladrões no governo. Só isso.

segunda-feira, 21 de março de 2016

O OUTONO A VIVER

LEMBRETE:

ESTE É UM BLOG QUASE IMPOSSÍVEL DE SE DEIXAR UM COMENTÁRIO.
SÓ SE OS MEUS 19 LEITORES FIZEREM UM CURSO ESPECIAL PARA ISSO.
PARA QUE SIMPLIFICAR? PARA QUÊ?
A ORDEM É COMPLICAR TUDO.
DESCULPEM-ME.

                                                            ***

Enfim começou o Outono, a estação mais poética do ano. Poética e também bastante triste para muitas gente. Para mim, por exemplo. O Outono sempre esteve ligado à Poesia. Até mais que a Primavera. O Outono é outra coisa, é outra paisagem, é outro sentimento. O Outono, pelo menos para mim, faz com que a gente entre dentro da gente mesma para se redescobrir e para sentir-se mais. Há um Outono por viver. Que seja pela Poesia, mesmo aos tropeços provocados pelos tempos que aí estão. Que seja tão somente por caminhar os passos dentro de um sonho ainda possível. Que seja somente para falar as palavras que foram esquecidas e para acenar os acenos que se perderam. O Outono está aí para ser vivido, no seu tímido frio das noites, nos passeios das palavras que ainda restam viver. Enfim começou o Outono. É preciso viver o Outono. Intensamente. É preciso. Sempre será preciso. 

sexta-feira, 18 de março de 2016

TEMPOS DE SOMBRAS

Poucas vezes vi o Brasil do jeito que está. Nem mesmo nos meses que antecederam o golpe de 1964. Agora está demais. A provocação dessa gente ordinária passou do limite. As manifestações de domingo no país inteiro foram completamente ignoradas pelo governo, especialmente pela ainda presidente Dilma Rousseff. Em vez de refletir sobre o protesto, a presidente preferiu dar um tapa na cara do povo brasileiro, nomeando aquela figura nefasta para a Casa Civil do Governo. Essa figura nefasta, que quando fala diz o que quer, mas na hora H afina. Foge. Na Casa Civil terá foro privilegiado, não poderá ser preso, etc. E a senhora presidente cede seu lugar a essa figura nefasta que ainda consegue enganar alguns, mas não todos. O presidente atual é ele, sempre escondido nas sombras com aquele palavreado nojento. É inacreditável o que ocorre no Brasil É desanimador também. O país está dividido. E quanto mais fogo nessa fogueira melhor. As manobras são feitas às claras, sem nenhum constrangimento. Na verdade, muita gente vinha falando em golpe. Não precisa falar mais. O golpe já foi dado.

quarta-feira, 16 de março de 2016

A BANDEIRA NA JANELA

No domingo minha filha me procurou com respeito (sempre me respeitou, diga-se) perguntando-me se poderia colocar a bandeira brasileira na janela de casa.

Eu lhe disse: "Deise, porque você me pergunta isso?

Respondeu-me: "Pai, respeito muito seu passado, sei tudo, tenho receio de magoá-lo!".

Eu lhe falei: "Deise, o futuro é seu. Coloque sua bandeira na janela. Faça o que seu coração mandar fazer. Não tem que me perguntar nada. Eu não acredito em mais nada. Em nada nem em ninguém dessa gente ordinária que aí está. Poucos deles merecem respeito. São todos grande ratazanas, traidores da própria vida. Eu me sinto traído. Tudo que aí está é lixo para mim. Muito lixo. O que sobrou do lixo".

Senti tristeza nos olhos de minha filha.

-"Me desculpe pai, então eu vou colocar a bandeira na janela!".

Colocou e vestiu sua camiseta amarela. Vários amigos e amigas dela passaram em casa logo a seguir e foram todos para a Avenida Paulista. Voltou cinco horas depois. Estava feliz.

terça-feira, 15 de março de 2016

Uma lágrima para o Dia da Poesia

Ontem, 14, foi o Dia Nacional da Poesia, assim em maiúsculo. Dia Nacional da Poesia. Quem soube disso? O que isso significou? Não significou nada. Só para alguns. Algumas pessoas que ainda acreditam, que ainda lutam em favor da beleza e da solidariedade, da generosidade. A poesia sobrevive em cada palavra, em cada aceno. É muito difícil encontrar poesia hoje. Só os olhos atentos, aqueles que estão sem as vendas da brutalização. A poesia é um artigo supérfluo. Os poetas são seres que vagam perdidos sem rumo nenhum, senão descobrir os descaminhos cada vez maiores num mundo sem saída. Seja como for, a poesia ainda existe, basta abrir as mãos numa ciranda e cantar as canções mais antigas do mundo, as que estão esquecidas para sempre. A poesia é esse soluço de todos os dias, esse grito preso na garganta, o silêncio que cresce em tudo e o que se faz ausente. O dia da poesia passou, quase ninguém notou. Os que falam em poesia ainda são chamados de loucos. Mas está tudo bem. Não há porque reclamar. Basta apenas uma lágrima.     

sexta-feira, 11 de março de 2016

A GRANDE FOGUEIRA DE VAIDADES

Enfim, tudo se transformou numa grande fogueira de vaidades e nessa grande fogueira vale de tudo, especialmente a presença de figuras que assombram mais o cenário já sombrio daqueles que pensam estar acima das leis do país. O Brasil se transformou numa lata de lixo, onde cabe de tudo. A ação de Lula é desprezível. Só pensa em si mesmo, como se fosse a salvação de tudo. Não é. Esse homem é doente. Um doente que um dia, pelas circunstâncias, chegou à presidência da República. Pior: ele é o presidente do governo paralelo do país, já que a presidente Dilma não sabe o que fazer da vida. Então as brechas estão abertas para um oportunismo cada vez mais perigoso, já que o país está dividido, como Lula mesmo quis: "eles" e "nós". O país atravessa um momento perigoso demais, incendiário, de provocações dos dois lados. Há os que preferem fugir do país, que é o meu caso. Simplesmente ir embora, para não ver mais tanto desmando e não ver mais as mesmas caras de sempre. Agora talvez ele seja ministro para ter foro privilegiado e escapar da justiça comum, aquela que trata dos ladrões de sempre. Mas isso não quer dizer que escape, passando para a esfera do Supremo Tribunal Federal. Nãoquer dizer que esteja livre. A não ser que até o STF esteja aparelhado, o que eu não duvido.

quarta-feira, 9 de março de 2016

ESQUECIMENTO

A gente começa a esquecer aos poucos. E as coisas todas vão ficando para trás. A gente começa a esquecer aos poucos, até que tudo se transforme em esquecimento. O tempo que desaparece, as fotografias guardadas nas gavetas, as palavras apagadas na boca. Aos poucos o esquecimento cobre todas as coisas. E todas as coisas se esquecem. Permanecem desaparecidas num canto da vida, onde os acenos deixam de ser e os passos ficam sem rumo. Aos poucos a gente começa a esquecer de tudo. E aos poucos o esquecimento cobre tudo. Tudo aos poucos, dia após dia, hora após hora. E a história se conclui.